O projeto é concebido por Rodrigo Fischer juntamente com Grupo Desvio em colaboração com músicos, programadores, designers, cineastas e artistas visuais para apresentar criações que potencializem seu aspecto polifônico e multidisciplinar a partir do agenciamento entre imagens, sons, luz, objetos, corpos, textos e novas tecnologias. A proposta é que o dispositivo criado permita trabalhar com diferentes narrativas e propostas estéticas. Ou seja, o projeto Inventando pequenos mundos é um dispositivo de criação que trabalha principalmente com a interação de material audiovisual de arquivo e com a produção audiovisual ao vivo a partir da manipulação de câmeras em tempo real e a composição com objetos, corpos e outras materialidades estéticas. A proposta é de fazer composições narrativas e sensoriais em tempo real por meio de sua interação entre velhas novas tecnologias. O dispositivo atualmente conta com câmeras, microfones, aparatos de iluminação, objetos e projetores que pode ser apresentado em teatros, galerias, espaços alternativos e casas que permitam montar o dispositivo com equipamentos e telas de projeção. O dispositivo foi também elaborado para ser apresentado remotamente.
Inventando pequenos mundos: agenciamento e (de)composição em tempo real é um projeto multidisciplinar com ênfase no aspecto teatral e audiovisual propondo uma experiência sensório-narrativa. Uma proposta intimista e atravessada por uma poética que busca novos modos de existência a partir do agenciamento entre objetos, corpos, miniaturas, imagens, sons, luz e micro-narrativas. Por meio de uma perspectiva e não hierarquizada entre pessoas, animais, natureza e coisas, a proposta é de pensar principalmente novos modos de existências. Os temas para as criações podem partir tanto de propostas específicas do contratante, seja ele um Festival de Teatro ou uma produção específica, quanto de propostas elaboradas por Rodrigo Fischer e o Grupo Desvio. A primeira criação desse dispositivo e que delimitou o próprio dispositivo foi realizado em Nova Iorque em 2021 com a apresentação do espetáculo Carnavalizar a Matéria: vibração, eletricidade e molecularidade no teatro TheaterLab em NYC e com a apresentação remota no Festival Motus Imago realizado em Aveiro, Portugal.
Carnavalizar a matéria: vibração, eletricidade e molecularidade é um experimento artístico multidisciplinar e alquímico que busca decompor e desrepresentar imagens, sons, textos e coisas como forma de experienciar suas vibrações.
Um cientista-demiurgo-alquímico investiga a constituição da matéria em seu laboratório. Será que a matéria pensa? As coisas falam? Um ventilador danificado tem alma? A proposta desse laboratório é de subverter relações entre corpo e coisa ou criador e criatura, cedendo espaço para a insignificância e inutilidade das coisas a partir de sua (de)composição. Escutemos a vibração-alma das coisas.
O projeto é parte do dispositivo Inventando pequenos mundos: agenciamento e (de)composição em tempo real do Grupo Desvio de Brasília-Brasil. Trata-se de um dispositivo de criação em tempo real que propõe investigar a ontologia própria dos objetos e da natureza deslocando a subjetividade humana do centro para as margens. Um dispositivo (de)composto por inúmeros objetos, câmeras, luzes, microfones, tecnologias, inutilidades e lixos. O projeto não tem interesse no que as coisas representam, mas no que elas evocam a partir de sua forma e agenciamento.
Produção: Grupo Desvio
Direção, iluminação e performance: Rodrigo Fischer
Dramaturgia e assistente de direção: Gil Roberto
Direção artística, desenho gráfico e de objetos: Yasmin Santana
Figurino e objetos de cena: Patrícia Marjorie
Desenho de video: Brent Felker
Desenho de som: Marcio Monteiro
Produção e direção de marketing: Gio Mielle