Rodrigo Fischer desenvolve também um trabalho com produções que buscam integrar a manipulação de luz, videos, câmeras e novas tecnologias em projetos remotos e ao vivo. Dentro dessa perspectiva, ele desenvolveu inúmeros trabalhos com diferentes produções nos últimos cinco anos e trabalhou como diretor técnico do teatro The Tank em Nova Iorque na qual ele supervisionou não apenas os aspectos técnicos do espaço físico do teatro mas também os aspectos técnicos das plataformas digitais para produções online.
Seu interesse no âmbito técnico e tecnológico começou em 2001, quando ele fez um curso técnico de design de luz no NAC – Centro de Arte e Cultura de Brasília. Desde então, Fischer desenha as luzes para todos os seus projetos com seu grupo teatral chamado Desvio. Ele desenhou luzes para projetos que ele dirigiu, como A sombra dos outros, Misanthrofreak, Os Fracassados, Eutro, Beckett às Avessas e Pequena Existência.
Em 2013, começou a estudar a apropriação de novas tecnologias no palco quando estava escrevendo sua tese para discutir as correlações entre teatro e cinema. Em sua primeira experiência, uma parceria com o designer de vídeo Fernando Gutiérrez, eles integraram o mapeamento de vídeo e câmeras ao vivo para contar a história da poeta Anne Sexton. No ano seguinte, Fischer também criou um projeto chamado Misanthrofreak, que é a base de seu trabalho na integração de luz e novas tecnologias. Desde então, foram inúmeras produções dentro do Grupo Desvio, mas também contratado para realizar direção técnica de projetos que trabalham com a integração e manipulação de luz, som, projeção e novas tecnologias.
Dentre os últimos projetos, importante destacar a direção técnica do espetáculo remoto Aquele Ano da Friagem, de Sérgio Roveri e com a direção de Fernando Belo e Clarissa Campolina. Outro importante trabalho é o projeto Inventando Pequenos Mundos: agenciamento e (de)composição em tempo real. Trata-se de um dispositivo de criação em tempo real que permite criar espetáculos para salas de teatro convencionais ou não-convencionais a partir da correlação de imagens ao vivo, imagens de arquivo, capturação de áudio, criação de trilhas, video-mapping, objetos, miniaturas, diversos tipos de materiais e narrativas que atravessam a criação. Atualmente está realizando a direção técnica do novo trabalho do Teatro do Concreto, com direção do Márcio Abreu e colaborando com alguns instâncias tecnológicas do espetáculo Paisagem Sonora com direção de Moisés Vasconcelos, ambos com estreia prevista para Março e Abril de 2023.